Tuesday, December 25, 2007

Entrelinhas

Escrevo como forma de alívio. Se escrevo bem ou mal.. pouco me importa. É o jeito de colocar para fora de alguma forma o que sinto de tão inexplicável. Dores, esperanças, devaneios. Escrever é como um suicidio, mas sem o final trágico.

Escrevo para expressar o que não tive coragem de dizer. Talvez nunca devesse mostrar meus textos para ninguém... assim eu pareceria menos covarde aos meus próprios olhos e me sentiria melhor.

Fica jogada no ar a esperança de quem quer que leia, consiga interpretar tudo o que as palavras e frases choram desordenadamente em suas entrelinhas.

Monday, December 17, 2007

Oco.

Hoje acordei sentindo falta.
Rompendo a promessa feita a mim mesma de que não teria mais esse sentimento. Por isso escrevo agora.. para aliviar as coisas que já não posso te dizer.
Em meio a adeus a sorte, sorrisos, invasões, tempo a passar, ilusão de recomeçar, esperar em vão.. só me resta falar ao meu sonho incapaz de ouvir.
Como posso sentir essa dor se meu peito está vazio? Saudade é um sentimento contraditório. Por isso não tem que o explique. Só sentir.
Saudade de você que nem se lembra mais assim.
Saudade do prazer de descobrir a cada dia um pouco das suas manias bobas, mas lindas, e utopias roubadas para mim sem sua permissão.
Saudade do seu cheiro que não posso mais sentir, a não ser em outras pessoas.
Saudade da coragem momentânea de te mandar flores como um último pedido aflito de uma pessoa que nada tem mais a perder.
Falta da agonia que embolava a boca do estômago ao ouvir repetidamente a música que me lembrava você nos ouvidos que não esqueciam a sua voz. Ficam apenas as lágrimas repetidas agora.
Saudade de sentir a aflição gostosa que era sentir saudade.
Te olhar sem você perceber e ver muito além. Decorando seus movimentos sem querer.
Saudade das brigas insanas e tolas.
Saudade dos minutos eternos que insistiam em não passar quando se aproximava a hora de te ver...
Saudade de mim quando estava com você e me permitir.



Saudade das memórias inventadas de um futuro que poderia ter sido.





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(babe. obrigada pela frase.)

Monday, November 26, 2007

Feliz ano novo ainda velho

Revirando uma gaveta antiga, em meio a papéis e objetos esquecidos, achei uma lista amassada, papel já amarelando, onde escrevi minhas metas para o ano novo.... Na época nao me lembro se cumpri nem metade do que havia escrito. A lista é um costume meu, todo ano as faço. Porém nunca sei onde as guardo.
O que achei hoje me fez parar e pensar em como os valores mudam. Minhas metas, tão importantes na ocasião, a ponto de colocá-las em forma de promessa, hoje não passam de coisas superfulas e insignificantes.
Todo fim de ano as pessoas entram em uma fase de nostalgia... param para fazer uma análise profunda de si mesmas e retrospectiva de tudo.
Engraçado como todos acham que tudo mudará ao estourarem suas champagnes.. como se tudo ficasse para trás, como se começar uma vida nova, assim... como o ano: novo. Tudo do zero. Esquecem que nascem com as mesmas experiências, mágoas, dúvidas, medos... Deveríamos nascer sim, mas inocentes e ingênuos... sem vícios e receios.
Esse ano farei a lista novamente, mesmo nao sabendo ao certo o que colocar, comprarei roupa nova e colocarei toda a minha energia ao fazer os desejos ao som dos fogos de artifício.. de nada me custa um pouco de esperança... mesmo sabendo que nada mudará no dia seguinte. As coisas continuarão como estão e o máximo que vai acontecer vai ser errar o ano quando preencher a data do cheque.

Friday, November 23, 2007

Som das Estrelas

Uma vez me perguntei se alguém conseguia ouvir o som das estrelas... pois como pode ficar ali.. apenas se mostrando a quem quer olhar para o céu e nada dizer... apenas brilhar? Ouvir as estrelas.. os apaixonados com certeza o fazem..

Saturday, November 17, 2007

Ponto de Vista

Sorte e azar... isso não existe. Tudo é uma questão de ponto de vista. Azar nada mais é do que o nome que damos ao fato de não conseguirmos ver de forma positiva as coincidências da vida...

Wednesday, November 14, 2007

É perigoso ser feliz

Nunca assumiremos, de fato, que somos felizes... por puro medo do perigo que essa sensação pode causar...

Sunday, November 11, 2007

Proponho

Cada vez mais percebo que as pessoas não usam o fato de racionar a seu favor. Somos os únicos com essa capacidade e conseguimos, involuntáriamente espero eu , fazer mal uso da maior dádiva de todas. Inteligente seria se parassemos de pensar…. Assim de nada entenderíamos e faríamos com que tudo sempre fosse fácil e simples. Como a vida deve ser: clara e simples. Estou fazendo uso agora da minha capacidade “pensativa” e me pergunto: Por que usamos o tempo contra nós mesmos? Por que determinamos o tempo de duração das coisas? Por puro medo da eternidade. Não conseguimos viver com o eterno, pois eh grande demais para quem tem uma visão pequena da vida. Viver e respirar o eterno impõe uma pressão constante para quem se limita ao tempo das coisas... e eterno nada mais é que o infinito. Proponho o seguinte: passemos todos a viver no eterno, assim viveríamos tudo em sua intensidade extrema, nos mostraríamos sem máscara para todos, seríamos em tudo: Inteiros....
Nunca saberíamos quando algo acabaria, e aí sim, só aí…. poderíamos fazer uso da frase: que seja eterno enquanto dure.

Sunday, November 4, 2007

A's de Copas

À alguém que sofre por amor....
Há alguém que sofre por amor..

Ahhhhh.... alguém que sofre por amor...

sim.. ainda existe.

Tuesday, October 23, 2007

Abertura

"...pois, por pura sede de vida melhor estarmos sempre à espera do extraordinário que talvez nos salve de uma vida contida."

(Clarice Lispector)


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Trecho perfeito para começar esse blog
=)